Na atualidade a mulher anda sem parar...
Jamais houve, em tempo algum, algo similar.
Ela, a mulher, ao deitar faz sua oração;
Faz seu agradecimento e pede perdão,
Mas o faz com uma fé tamanha,
Que, mesmo depois de dormir
E muito cedo levantar, está a sorrir...
Acorda os filhos, que à noite pos a dormir;
Acorda o marido pro trabalho ir...
Mas antes, para todos, serve o café:
Pães, bolos, frios, amor e muita fé...
Depois, prepara os filhos para a escola:
Mochilas, material escolar e lanche...
Deixa tudo limpo e, agora sim,
Apronta-se e vai para o trabalho...
Sempre atenta, sai às 12 horas,
Busca as crianças na escola e retorna ao lar,
Onde tudo recomeça e depressa,
Pois serem mães e mulheres não é fácil,
Para manterem a igualdade com os homens
Ou, simplesmente, com outras mulheres...
Algo difícil de administrar, pois não podem
Ser rudes, nem insensíveis;
Não podem chorrar ou xingar;
Não podem perder o controle,
Nem deixarem de se emocionar,
Nem deixarem de amar, de agradecer;
Não podem deixar de serem mães
E, principalmente, deixar de serem MULHERES.
Como? Se inúmeras vezes,
Além de esposas, amantes e mães,
Também, são médicas, professoras,
Motoristas, taxistas e administradoras;
Outras vezes, apenas, donas de casa;
Cantoras, organizadoras, lavradoras;
Umas são balconistas,  arrumadeiras,
Doceiras, bancárias ou políticas.
Não importa o que forem,
O importante mesmo é que sabem
E tem a certeza de que o que fazem
É sempre o melhor para vencerem
As duras batalhas que a vida atribui.
Vencem muitas destas batalhas;
Perdem outras e não se importam,
Pois com as derrotas adquirem
Um dom precioso: o dom de amar,
Sem nada esperar em troca.
São o que são e não abrem mão disso;
São aguerridas, são muito fortes;
São valentes, bravas e elegantes;
Jamais saem sem maquiagem
Ou desarrumadas, mesmo quando brabas;
São guerreiras duronas, mas sabem ser dóceis....
São mulheres brasileiras sofridas,
Mas, na luta do dia a dia, são bravas,  
Criativas, amigas, poucas vezes temperamentais;
São belas, pois são comparadas às estrelas:
Dizia o poeta que “a mulher mais feia
É um poema que se iguala a mais humilde
E brilhante das inúmeras estrelas.”
São talentosas, não importa a profissão;
Marcam seu caminho como profissionais,
Não importa em qual esfera ou nível,
Mas onde se realizam de verdade,
Será onde aflora o dom natural
E nessa profissão não há ninguém igual,
Pois nascem mulheres com o tino
De serem especiais ou apenas mães.

Olinda- PE, em 06 de março de 2015.

Mazzarolo Anghinoni.