SONETO(006)
Quando, em êxtases caímos, na madrugada,
Fazia-se sentir o chorar d'algumas fontes E o cantar dos sabiás pousados na ramada Da bela floresta negra nos altos montes. E, comprometidos, nós dois amamo-nos, A nosso modo, sobre as verdes relvas, Longamente, em eternos e divinos sonhos, Sem perceber o perigo das grandes selvas. Mas ao nascer do sol, unidos, enroscados, Num grande amor, maior que o mar gigante, Ouvíamos os rouxinóis a cantar afinados; E, afastados da cidadela, sós, distantes, Eu-tu, ainda abraçados iguais a hera, Devolviamos os beijos que ambos dera.
MAZZAROLO ANGHINONI
Enviado por MAZZAROLO ANGHINONI em 28/05/2009
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