SONETO(017)
Tentadora, teu verde olhar tão amável
Transborda alvóreas águas de saudade, Qual colo que te ondula, inexorável; Desconhece a paixão e o teor da bondade. Julgas-me por meus pensamentos eróticos; Mas mal sabes o que tu garganteias, Nem conheces teus pensamentos utópicos, Que te enfeitiçam, oh humana sereia. Mas haverás de seguir-me a toda parte, Quando eu abandonar os teus braços, Pois não terás tempo de apressar-te E morrerás só, na forca dos teus laços, Mesmo se andares com bravura dias inteiros, Visto que teus pés, não andam tão ligeiros. Canoa Quebrada- CE, em 19 de janeiro de 1977.
MAZZAROLO ANGHINONI
Enviado por MAZZAROLO ANGHINONI em 05/08/2009
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